Gian Luigi Bonelli
Nascido em Milão, Giovanni Luigi Bonelli (também conhecido com os abreviados
“Gianluigi Bonelli” ou “G. L. Bonelli”) foi um roteirista incansável,
considerado o patriarca dos quadrinhos italianos, criador do personagem Tex
Willer.
Seu contato com quadrinhos acontece com Lotario Vecchi (o patriarca, não o Lotario da editora Vecchi brasileira), quando dirige uma série de títulos para a Saev, de Milão, entre 1937 e 1939. Tornou-se o roteirista mais importante da revista semanal católica “Il Vittorioso”. Em
Em 1948, junto com o artista Galep, criou “Tex”, baseado
Bonelli escreveu a quase totalidade dos roteiros das aventuras de Tex publicadas até a segunda metade da década de 1980, inclusive o livro “Il massacro di Goldena”, em 1956 (mais tarde adaptado para as HQs como “Território Apache”).
Mas um pouco antes, no início dos anos 80, seu filho, o editor Sergio Bonelli, se deu conta que o pai não conseguia mais escrever sozinho todas as histórias de “Tex”. E o próprio Sergio, cada vez mais absorvido pelo quotidiano da Editora que crescia dia a dia, não poderia se dedicar aos roteiros. A saída foi começar a procurar alguém em condições de elabonar as histórias do maior ícone dos quadrinhos dos quadrinhos da Velha Bota. A atenção do editor voltou-se para o autor das histórias de faroese do personagem “Larry Yuma”, então publicadas na revista “Il Giornalino” (“A Revistinha”), Claudio Nizzi. Este começou a escreveu “Tex” em 1983 e nunca mais parou.
Mesmo sem escrever Tex, Gianluigi ainda continuou a supervisionar a produção do ranger.
Morreu em Alessandria (Itália).
Notas e fontes —
“Os Grandes Clássicos de Tex” n° 3 (editora Mythos), 2006, pág. 4;
http://www.operagraphica.com.br
Antônio Luiz Ribeiro
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enciclopédia livre.
Gian Luigi Bonelli (Milão, 22 de dezembro de 1908 — Alexandria, 12
de janeiro de 2001) foi um editor e autor italiano de arte
seqüencial, conhecido como "O Pai de Tex"
Leitor voraz desde jovem, apreciando, principalmente, os
romances de mestres como Jack London, Robert Louis Stevenson, Julio
Verne, Emilio Salgari, entre outros.
Vagou pela Europa, com pouco dinheiro no bolso,
trabalhando nos mais diversos ofícios para ganhar pão, desde cortar lenha numa
fazenda até ingressar no boxe (atuando, inclusive, como treinador de
lutadores profissionais). Como sua principal criação, o ranger Tex,
"possuía uma percepção de valores imediata, fruto de uma cultura surgida
numa juventude vivida com austeridade", como disse Decio Canzio, grande
amigo de Bonelli.
Sua carreira literária começa no início dos anos 1930,
escrevendo histórias para o Corrieri dei Piccoli, tradicional publicação italiana,
e artigos para o Giornale Illustrato dei Viaggi. Nos anos 1930, Bonelli fez
títulos variados para a Editora Saev, como Jumbo e Rin-tin-tin e
escreveu seus primeiros roteiros, que foram desenhados por Rino Albertarelli e
Walter Molina.
Roteirista e criador de dezenas de personagens, passa por
várias empresas, até abrir a sua própria editora, reformulando então
publicações importantes como L'Audace. O ano de1948 marcaria para sempre a
sua vida.
Por ser um grande admirador das histórias do velho oeste
americano, Bonelli cria, em parceria com Aurelio Gallepini, o personagem
Tex. Ao mesmo tempo, também criava "Occhio Cupo", uma revista
quinzenal de formato grande, mais cara que a média dos gibis da época. No
entanto, é Tex, gibi fino e pequeno, com apenas 32 páginas (uma tira por
página), em um formato parecido com um "talão de cheques, que atinge
o coração dos leitores italianos, projetando G. L. nacional e
internacionalmente.
Continuou escrevendo roteiros para muitas outras histórias e
criou outros personagens, antes e depois de Tex, como O Justiceiro do
Oeste, Ipnos, O Ladrão de Bagdá, A Patrulha dos Sem-Medo, Plutos, Os Três Bil,
El Kid, Lobo Kid e Ringo, só para citar alguns. Entretanto, aos poucos, Bonelli
precisa se dedicar mais e mais ao personagem Tex, que exigia cada vez mais do
seu tempo.
As próprias atividades editoriais são transferidas para a
família: sua esposa Tea Bonelli (falecida em 2000) passa a cuidar da
administração, enquanto ele prepara o filho Sergio, que em pouco tempo se
torna o editor responsável por um pool de empresas que publicam alguns dos
melhores quadrinhos do gênero.
G.L. Bonelli faleceu aos 92 anos devido a problemas de
pulmões e de coração. A última história escrita por ele foi "Il medaglione
spagnolo", publicada em fevereiro de 1991 (noBrasil TEX-323
- O Medalhão Espanhol), uma aventura iniciada por ele e terminada por outras
mãos. Como ele mesmo gostava de se definir foi "um romancista emprestado
aos quadrinhos e jamais devolvido".
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